Dos gêneros.
Dentre a família papiloma vírus da qual se
origina o papiloma vírus humano existem diversos subgrupos e segundo Brasil
(2006a) “mais de 100 tipos são reconhecidos atualmente, 20 dos quais podem
infectar o trato genital”. A família Papovaviridae é dividida por dois gêneros.
O gênero A compreende o papiloma vírus, que é constítuido pelo papiloma vírus
humano, o papiloma vírus bovino e o papiloma vírus de shope dentre outros
vários. Os papilomas vírus causam infecções apenas em espécie específica, ou
seja, afetando apenas o hospedeiro específico de sua espécie. No caso do papiloma
vírus humano, seu hospedeiro é o homem, e os vírus deste gênero não são
cultiváveis. O gênero B compreende o Polioma Vírus e o SV-40 (simian
vacuolinizante do macaco). São cultiváveis, e de utilização laboratoriais, e
não acometem o homem (PALO et al. 1996). Dentre os vários subgrupos do HPV
existem alguns que oferecem maiores riscos de desenvolvimento de neoplásias em
várias regiões do corpo. Visando uma abordagem mais simples de identificação, o
HPV é dividido entre os que atingem as mucosas genitais, orais e respiratórias,
e os subgrupos que atingem a região cutânea como, por exemplo, áreas
extragenitais. Porém, não se deve considerar que esta divisão será aplicada
conforme a regra, pois pode ocorrer de lesões cutâneas estarem associadas à HPV
de mucosas genitais (PALO et al. 1996). Outra divisão possível para o HPV é
através do seu potencial oncogênico. Pois, existem subtipos de HPV que são
classificados como sendo de baixo risco, devido à sua associação com condilomas
na forma de lesões intra-epiteliais (LIE) de baixo grau e são eles o 6, 11, 42,
43 e 44. Outros são classificados como
subtipos de alto risco, os quais podem causar LIE de alto grau, vindo a
desenvolver cânceres do colo uterino seus agentes principais são:16, 18, 31,
33, 35, 39, 45, 46, 51, 52, 56, 58, 59 e 68 (BRASIL, 2006b). Cerca de 95% de casos de câncer são
relacionados com o HPV, mas a doença poderá se desenvolver ou não, dependendo
não só do tipo de HPV, mas também de outros fatores relacionados com o
hospedeiro, como o estado imunológico, tabagismo e uso de contraceptivo oral
(BRASIL, 2006b). Não se tem como
definição a real duração do processo infeccioso do vírus HPV, pôde-se observar
que a doença permanece por anos ou décadas, ou segundo Rama et al. (2005), pode
ser transitório sem lesões intra–epiteliais devido à neutralização de
anticorpos.O fato da doença se apresentar de forma latente dificulta relacionar
com exatidão o intervalo de tempo entre a contaminação e o desenvolvimento de
uma lesão, pois sua recidiva pode tanto estar relacionada com a ativação de
reservatórios quanto a reinfecção pelo parceiro. Neste caso, o indivíduo pode
ser portador de um ou mais subtipos de HPV. Atualmente, o HPV é a DST que mais
atinge mulheres no mundo, e o maior precursor de câncer cervical (BRASIL,
2006b).

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